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Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando. Até que não caibo em mim e estouro em palavras. (Clarice Lispector)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Mais humildade por favor

Pensando sobre os últimos dias e observando as pessoas com as quais convivo e considerando que cada indivíduo se encontra em uma etapa de sua evolução, cheguei à conclusão de que somos todos hipócritas.
Egos inflamados, quem é mais inteligente?
Certa vez, ouvi alguém dizer que antes de ser inteligente ou importante, é preciso ser humano. Pensei sobre isso por alguns dias e o que tenho visto é que por mais que achemos que estamos evoluindo, muitas vezes, não nos damos conta de que somos grãos de areia na beira da praia e as coisas não acontecem como imaginamos ou planejamos.
Meditação, yoga, terapia, mapa astral, nada disso pode nos tornar pessoas melhores, a não ser que tenhamos humildade suficiente para entendermos que isso é só o começo da nossa transformação. Um dia de cada vez, como diria algum escritor que já não me lembro o nome: Um passo por vez, lembrando que passos felizes valem por três.


Namastê!

domingo, 15 de novembro de 2015

Sensações


Por ser um parece pouco
mas é muito
Se tivesse como descrever o agora, seria pouco.
A vida é tão ampla, tao cara, tão rara.
vamos viver, somos um, somos únicos, não importa o quanto tens, nem de onde vens
Eu quero saber se você tem amor na sua fala mesmo enquanto cala.
Eu só quero isso
sentimentos
não precisa ser igual.
Vidas além de um telejornal.


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Não sei se é físico, químico, orgânico, mas de repente as cores perderam a cor. O céu parece ter ficado cinza sem que houvesse sinais de chuva. O que está acontecendo?
Está tudo tão tumultuado que o melhor a fazer parece ser esperar.
O problema é que até pra esperar é preciso planejar.
Esperar pelo quê?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Crises


O corpo dói, já não é mais o mesmo.
Hoje pensei como era a minha vida há um ano e a dois anos atrás.
Não consigo chegar a uma conclusão se eu era mais feliz ou se eu era apenas menos consciente das coisas.
Sempre me pergunto se é realmente bom a gente saber das coisas, penso que quando elas estão no campo do inconsciente parece ser mais fácil.
Não é que seja mais fácil, mas é que a gente consegue não pensar nelas com tanta frequência, vivemos no estado automático das coisas.
É... pensando bem, acho que também não é muito bom viver assim.
Talvez o conhecimento seja bom, no entanto, o medo nos faz pensar que não é. O medo do novo, do desconhecido, de ter que lidar com sentimentos e frustrações que deixamos guardados nas gavetas do subconsciente por anos, talvez por uma vida ou meia vida.
Não sei bem, me parece que estamos bem confusos por aqui.
Organizemos!



Novo dia

A vida nem sempre, ou melhor, na maioria das vezes não acontece como a gente pensa ou planeja e não raramente somos pegos de surpresa com mudanças repentinas no qual devemos nos adaptar.
Não sei se acredito muito nisso, que ela, a vida, mude assim sozinha, acredito que nós é quem tomamos as decisões e lá na frente vem o resultado. Aquela história do "o que se planta colhe", nem sempre a colheita é agradável, o que se há de fazer a não ser esperar a colheita terminar para semear a nova safra.

domingo, 26 de julho de 2015


Cada um dá aquilo que tem, não cobremos mais do que eles podem dar.
Perfeição, não encontraremos, mas que pelo menos cada um dê o melhor de si.
Dinheiro, fama, bens, influências, nada disso nos trará ou fará bem algum se formos desprovidos do mínimo.
Caráter e bondade continuam sendo a melhor herança que podemos deixar.
Muitos pensam e até nos dizem que em momentos de tragédias, deveríamos reagir, se vingar, ou que pelo menos não fossemos contra quem quisesse vingança.
Eu vos digo: De onde vocês vieram? Qual Deus que vocês servem? Sei que a maioria de vocês têm um Deus e a maioria ainda diz seguir Jesus Cristo, então, fico na dúvida.
Os ensinamentos de Jesus só nos servem para alguns momentos?
E o amor que esse mesmo Jesus pregou? É relativizado?
Acredito que o ódio nunca levou nem levará alguém a um caminho de paz.
Então irmãos, tenhamos fé, sigamos nossa vida.
A justiça do homem é falha, nós sabemos bem disso, então, não nos preocupemos, há coisas que são irreversíveis, enquanto isso, a alternativa que temos é seguir em frente.
Lembrando, cada um dá aquilo que tem. Que sejamos amor.
 Paz e luz.

Sempre o mesmo.


Qual o sentido disso tudo?
Qual o sentido de caminhar e da caminhada?
Pra que caminhar, se não se chega a nenhum lugar?
Isso tudo pode soar meio pessimista e de fato é.
Mas como ser o contrário?
Ok, coisas lindas estão a minha volta, milhões de coisas a agradecer, sim, agradeço, sou grata, tenho mais do que preciso ou do que mereço, mas não falo de algo que se possa tocar ou mensurar, falo de coisas intangíveis, inimagináveis, pensamentos apenas.
Como sempre, nada de novo, tudo se repete, sempre se repete.
A sensação da loucura misturada ao óbvio.
Quem vê, pensa que é forte, que não sente, que não vê.
Pobres! Mal sabem,
O sentir é algo tão forte que não dá pra explicar em simples e medíocres palavras, foge ao entendimento do senso comum.
Se explico, me julgam, não me faço entender, e quem ouve, acha que entende e interpreta a sua maneira.
Então é isso, chegamos a uma conclusão, quem acha que sabe na verdade não sabe nada, e quem tem dúvidas na verdades está cheio de certezas, só não quer acreditar.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Turbilhão


Tento escrever para colocar em ordem meus pensamentos tão atordoados.
No entanto, me frusto nessa empreitada devido a impossibilidade de organizar pensamentos tão autônomos e revoltados.
Quisera eu entender o que se passa nessa mente barulhenta.
Pedaços, retalhos, recortes que vem e vão a todo momento tentando se juntar mas nunca fazem sentido.
Pensamentos embaralhados, misto de sentimentos, turbilhão.
Como esperar que alguém entenda se nem mesmo eu consigo?
Talvez, melhor fosse, privar-me da companhia de todos ou melhor, poupá-los desse enfadonho.
Então, serei sempre assim: Eu e meus pensamentos traidores.
Não sei se essa foi uma pergunta ou uma afirmação, tudo é tão amplo que foge ao meu entendimento.



quarta-feira, 4 de março de 2015

Sim e não.

Confusões, incertezas, dúvidas
Assim tem sido ou assim sempre foi
Pensamentos a milhão, parece um turbilhão
Furação em erupção e tudo por causa de não.

Mas como culpar alguém
se o caso é entre o eu e o meu?

Palavras já não me encantam como antes
Espelhos já não me atraem com a mesma admiração
Frases de efeito me causam náuseas
E todo o  contexto por sí só já é bem grotesco
Então eu me reviro do avesso na esperança de um recomeço
Mas aqui padeço, eu sem coração.




quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Você


E como faz com esse aperto no peito que nunca acaba?
Uma voz lá de dentro vem e diz: calma, você já aguentou até aqui, aguente mais um pouco.
Mas até quando?
Queria dizer coisas que estão engasgadas
Mas não sei se falando diminuiria esse nó em minha garganta
Meu medo é que o nó só aumente, já que minha inconstância não me permite dizer coisas com tanta certeza.
Mas parece que eu queria você...
Mas quem é você?
Poderia ser tantos, mas é apenas um que basta.
Quando penso em alguém é em você que penso.
Então é você e pronto
e ponto,
e sofro.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Aleatóriamente

Eu queria escrever coisas bonitas mas tudo o que escrevo reflete o meu ser infeliz.
Eu queria entender o que se passa em minha mente, mas talvez essa tarefa seja impossível de conseguir.
Eu queria colocar no papel tudo o que se passa aqui, mas é tanta coisa e passa tão rápido que não dá tempo de juntar as letras para que formem uma palavra, que dirá um texto. Neste caso vou tentar transcrever aqui alguns flashes que muito provavelmente não farão sentido algum pra quem lê, mas tudo bem, ninguém vai ler isso mesmo, sei lá, em tempos de internet, vai saber, sempre há algum louco que assim como eu, sai bisbilhotando por aí e se depara com alguma coisa sem sentido e para pra dar uma olhada, vai saber.
O fato é que agora estou tomando cerveja e comendo pão de alho, na verdade esse ritual de comer pão de alho e cerveja eu fazia com alguém com quem pretendia dividir a vida, mas enfim, nem sei porque me lembrei disso agora, já que não faz mais diferença, hoje meu parceiro é a solidão, assim como ontem, anteontem e anteontontem.
A princípio, a minha idéia por hora, é transcrever aqui todas as merdas que eu digo quando estou em estado alcóolico e que nem sempre tenho com quem conversar, apesar de neste momento não estar embriagada, no entanto, considerando que a lata que agora bebo é de 473 ml e considerando que voltei a tomar a Flux hoje, digamos que eu já estou me sentindo um pouco amortecida.
Voltemos ao ponto, e qual era o ponto mesmo?
Ahh não havia ponto, não há escript, não há tema, não há pretextos, muito menos motivos, simplesmente estou aqui, conversando com uma tela de computador que não responde, não interage e não me dá nenhuma resposta que eu gostaria de ter.
Até que eu encontre companhia melhor. E agora eu encontei...
Xaau!!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O fim

Por vários momentos durante o meu dia eu penso em te ligar pra te contar as novidades, mas então me lembro que não estamos mais juntos e dá uma tristeza.
Eu sei que não há mais esperança pra nós e talvez tenhamos que seguir cada um o seu caminho, mas é tão triste saber que aqueles planos todos foram pelo ralo.
Talvez eu tenha te idealizado e você também a mim, talvez a gente ainda desse certo, eu tinha esperança disso, mas você me pareceu tão descrente da gente e me pareceu tão nem aí pra tudo isso que minhas esperanças morreram.
Eu sei talvez eu devesse ser mais persistente, mas é que às vezes me pergunto se vale a pena investir numa relação que tinha tudo pra dar certo, mas não deu.

domingo, 31 de agosto de 2014

Um dia cinza


Eu nunca tive muitas coisas, mas já perdi tudo o que eu tinha algumas vezes, mas nunca me deixei abater, sempre segui em frente sem olhar pra trás ou ficar se lamentando.
Mas de uns tempos pra cá, minha capacidade de superação parece estar se esgotando juntamente com minhas forças para lutar.
Pensamentos negativos, poucas perspectivas, ter a consciência de que é preciso reagir, mas não ter a mínima vontade, assim tem sido meus dias.

Talvez isso soe dramático, pessimista e até fantasioso demais, mas é tudo o que consigo enxergar em meio aos dias cinza escuro que tenho vivido. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Eu sei...

Sabe quando a tristeza parece maior que a alma,
e quando você gosta dela e a tem como melhor companhia?
sabe quando chorar parece a coisa mais gostosa do mundo,
e quando as lágrimas contidas por anos a fio, finalmente vem a tona?
Sabe quando você teima em viver tudo que te impediram por uma vida inteira,
e quando você sente que o tempo que tem é pequeno pra viver tudo?
Sabe quando todas as histórias vividas até ali parecem sem sentido,
e você tem medo de que seja tarde demais pra viver algo com sentido?
Sabe quando as palavras lhe vem até a garganta,
e você se sente obrigado a engoli-las de volta?
Sabe quando a vida lhe parece tão dura,
que você enfim olha pro mar revolto em dia de tempestade e ele lhe parece calmo?
Sabe quando acordar, dormir, estudar, comer, trabalhar, parecem não ter sentido,
mas você continua fingindo que tem e vai lá e faz?
Sabe quando você sente que o corpo está prestes a transbordar e uma gota a mais poderia ser fatal,
mas mesmo assim você faz questão que essa gota caia dentro dele?
Sabe quando te abate aquela vontade de dormir, talvez por um ou dois anos,
mas a única opção que você tem é ficar acordada ou dormir para sempre?

eu sei.

Obs: Não foi eu quem escreveu, mas poderia ter sido, é como me sinto hoje.

Sinais da meia idade (parte um)


Queria que existisse no mundo um lugar onde eu pudesse estar, que me tirasse do peito essa dor que não tem razão de ser, mas existe.
Um lugar tranquilo, uma casinha azul com janelas brancas a beira mar, sem muitas preocupações, sem muitos afazeres, sem responsabilidades.
Quem nunca pensou nisso?
Tenho pensado com frequência em desistir de tudo isso aqui. Calma minha gente, não vou me matar, apenas queria um lugar calmo e tranquilo onde eu pudesse viver.
Deve ser crise de meia idade, afinal à beira dos 40 a gente começa a rever nossa vida e pensar se era isso mesmo que a gente queria ser quando a gente crescesse.

domingo, 17 de agosto de 2014

Amores em tempos de bipolaridade


O que é o amor, senão um punhado de incertezas.
É querer e não querer ao mesmo tempo, é pensar no que vem depois, é pensar numa vida sozinha e não gostar muito do que se pensou.
É fazer planos, onde instintivamente a pessoa amada está presente em todos.
Acho que o amor é essa sensação de não saber direito se é amor mesmo, mas sentir a falta mesmo sem querer sentir. Às vezes é pensar em desistir e desistir de pensar nisso quando olha pra pessoa, ao sentir que o abraço que ele dá é o melhor lugar que você poderia de estar. É querer contar todos os acontecimentos do seu dia pra ele, é estar junto nos melhores e nos piores momentos, protegendo, cuidando, se preocupando, amando, brigando.
É claro que seria melhor se não houvessem brigas, mas como evitá-las se dois seres completamente diferentes (ou nem tanto) resolvem compartilhar uma vida?
É sentir que vale a pena, mesmo com todos os obstáculos e defeitos, porque não é só festa, às vezes é dor.
Amar, muitas vezes é ter que enterrar o orgulho, o ciúme, o apego, e deixar o outro voar, por mais que o nosso egoísmo faça com que esqueçamos essas teorias todas e acabamos por fazer tudo ao contrário, prendemos, sufocamos, quando na verdade só queremos exclusividade, o que nem sempre é saudável ou possível. Mas o que fazer? Somos tão complexos e
imperfeitos.

É... o amor não é tão simples assim, se fosse, muito mais fácil seria dizer: não dá mais, a gente não combina, até logo, mas como explicar isso ao coração?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Quem é mais sentimental que eu?


Essa vida de ser sentimental demais ainda vai levar a gente pro buraco. Até aí nada de novo, não fosse a minha aparente e talvez evidente vocação para o drama.
Pessoas insensíveis me causam dor e isso não é drama, é dor e dor não se mede, nem se julga ou dimensiona, apenas se sente. Tem gente que não sente, eu sei, mas isso é uma outra história. História para um próximo capítulo.

sábado, 12 de julho de 2014

O de sempre

Estranha essa sensação de ter tanto a dizer e não conseguir falar. É como se os pensamentos sofressem bowling.

Felicidade de plástico

Então você acha mesmo que essa felicidade toda é real? Perguntou-lhe um desconhecido. Ela era de fato uma sonhadora, é verdade, mas nunca havia parado para pensar sobre isso, para ela era tudo tão lindo, tão romântico, os casais apaixonados nos parques, aqueles filmes quase sempre com final feliz.
Mas e a vida real?
Aquele choque de realidade lhe causou imensa angústia. No fundo ela já sabia que era assim, tudo não passava de um acordo social, um contrato, no qual todas as cláusulas eram implícitas e aqueles sorrisos plásticos faziam parte do papel representado pela grande maioria, se não todos.
Ah mas como se adaptar a esse mundo, pensou ela e suspirou.
As pessoas parecem se acostumar e isso ela não conseguia fazer, às vezes até tentava, é verdade, mas sem obter êxito. Ela gostava do quente, do fogo, daquela brasa que se instala nos estômagos apaixonados e por isso ela era tão incompreendida.

Fim.

sábado, 5 de julho de 2014

O Sorriso de Monalisa


Aqui assistindo ao filme: O sorriso de monalisa com Julia Roberts e pensando como era difícil ser mulher naquela época em que o que era tido como mais importante para uma mulher, era a nota que o seu marido dava pelo seu comportamento, suas boas maneiras e habilidades domésticas. As mulheres faziam cursos para aprenderem a cruzar as pernas corretamente.
Daí fiquei imaginando o quanto progredimos, porém, ainda sofremos com essa pseudo-igualdade entre os sexos.
Todos nós, em pleno século XXI, ainda temos arraigados um pouco do machismo, alguns têm consciência disso e se esforçam na intenção de quebrar conceitos e desestruturar a cultura machista impregnada. Mas ainda assim, muitas vezes cometemos julgamentos e injustiças.

E isto porque estou falando de pessoas instruídas e politizadas que deveriam ser exemplos e as vezes até são tidas como exemplo, porém, quando deparados com situações da vida real, demonstram total insensibilidade e despreparo para lidar com a sensibilidade e a força feminina.