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Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando. Até que não caibo em mim e estouro em palavras. (Clarice Lispector)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Espelho meu?


Olho pelo espelho e vejo uma pessoa com um rosto que me é familiar, mas não como era antes. Além das marcas que o tempo se encarrega de deixar, vejo marcas mais profundas que só podem ser vistas por mim e por alguém que tenha sensibilidade suficiente para tal e isso, devo dizer, é quase utopia. Porém não é sobre essa sensibilidade que desejo escrever hoje e sim sobre o tempo. Aquele que passa rápido demais e que depois de uma certa idade nos faz sentir isso na pele (literalmente), que crueldade do senhor do tempo, que com o passar dos anos parece acelerar cada vez mais. Mas nem tudo são reclamações, o saldo dessa transformação toda pode não ser tão ruin assim, pelo menos podemos tentar fazer o melhor para amenizar frustrações inoportunas, afinal eu não trocaria as experiências vividas por nada.

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