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Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando. Até que não caibo em mim e estouro em palavras. (Clarice Lispector)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Penso

Talvez seja melhor que os pensamentos fiquem só em minha mente, pra que não haja turbulências nas viagens que ocorrem entre o pensar e o escrever.
Bem mais que válvula de escape, escrever, eu diria é como guardar uma arma que a qualquer momento pode ser disparada, acidentalmente ou não. É perigoso, especialmente porque geralmente palavras eternizadas no papel não acompanham a velocidade com que mudam-se os pensamentos. Os pensamentos evoluem e por isso talvez o que foi escrito ontem, não faça mais sentido  hoje e por sermos diferentes uns dos outros, possivelmente, você pode achar tudo isso só mais um devaneio sem sentido. Mas, o que há de se fazer, estamos vivos e isso já é correr ríscos eu diria.
Imagino que o maior rísco que se corre é o de sermos incompreendídos e julgados, na maioria das vezes com uma dose extra de hipocrisia que em geral é o que predomina na sociedade de hoje e sempre.

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