E tudo o que tinha era o tempo e isso não era pouco. Talvez
se o tempo conspirasse à seu favor ela praticaria a paciência que lhe era tão
rara, mas tudo o que havia eram rompantes de insensatez e alguns lenços de
papel espalhados pela casa.
Não a culpo por isso, na verdade já não havia muitas
esperanças, mas quem precisa de esperança quando aquela sensação de borboletas
no estômago toma conta não só do estômago, mas de todo o resto do corpo.
Tudo o que ela queria era poder realizar aqueles pensamentos
que insistiam em acompanhá-la. Tudo estava planejado, ela o faria tão feliz e
ambos se completariam como dois corpos sedentos de amor, porém havia um detalhe
que impedia que tudo acontecesse, um detalhe que poderia fazer toda a
diferença, mas dadas as circunstâncias, era irrelevante.
E quem se atreve a julgar ou condenar um sentimento
imensurável como esse?
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