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Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando. Até que não caibo em mim e estouro em palavras. (Clarice Lispector)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Qualquer semelhança é mera coincidência


 A história começa mais ou menos assim: 
 Um fala, outro ouve. Sem interrupções sem observações muito menos críticas, a idéia é o locutor ter razão, não se pode contestar, muito menos discordar de algo dido, isso é visto como punhalada pelas costas, traição. A coação é nítida, bem visível pra quem quizer ver, menos para o locutor que só vê a sua verdade, ele deve ter faltado na aula do Platão sobre o mito da caverna, quem se lembra?
Ah deixa pra lá, acho que é o outro que não entendeu direito, aliás, é sempre mais fácil pensar que a culpa é do outro não é mesmo?
Então antes que tudo se exploda e vá pelos ares, eles param, respiram, contam até 20 e chegam a conclusão de que nunca chegarão a um acordo e é melhor optarem por mais uma trégua até que o próximo alarme dispare e a confusão comece denovo.

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