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Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando. Até que não caibo em mim e estouro em palavras. (Clarice Lispector)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Entre flores e dores


Ela fingia estar bem na maioria das vezes e no restante do tempo sentia-se péssima.  
Não era proposital, apenas acontecia. Não conseguia sentir diferente. Dores que não se justificam e nem se explicam, filmes que insistiam em passar na sua frente quando o travesseiro não fazia o papel de ninar. Pouco a entender e muito a aprender. Assim ia seguindo, vivendo, sorrindo, chorando, partindo e voltando, como se nada tivesse acontecido. Como num dia ordinário, um dia após outro e outro.

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